Enlevo noturno



Deitei-me. Não dormi. Olhei o escuro.
Admirei-o; não tirei os olhos dele
Para não perder aquele momento puro;
Ar fresco, sutil perfume envolveu-me a pele

As sombras das árvores vieram nos visitar
Querendo abrandar aquela escuridão
As manchas escuras pareciam acenar
Não queriam me assustar; me deram a mão

Assim juntas ficamos vendo as estrelas
Desaparecendo... para nós piscando...
Voltariam em outro dia, outra ocasião

Meu olhar enfraqueceu. Sem tutela
Minha mão acenou para aquele escuro.
Prometi esperá-lo...Adormeci...serena.

A foto foi tirada da minha janela, por mim.