"NÃO QUERO PENSAR NO AMOR". Soneto-548.
Por ingratidões sofridas sem entender,
Tento de todas as formas não pensar,
Nas as amarguras que me veio suceder,
Parece ser-me a sina nada mais lembrar.
É nessa angustia que chora minha alma,
Como andarilhos que pela noite vagueia,
Em cada suspiro e gemido nesse trauma,
Deixo meus rastros ao trilhar a alva areia.
E como a flecha que percorre tão veloz,
Sangrou-me o peito sufocando-me a voz,
Ao fraquejar-me o ser impedido pela dor.
Não é por isso que não queira ser amado,
É simplesmente para não ser magoado,
Assim procuro jamais me lembrar do amor.
Cosme B. Araujo.
19/10/2016.