Monstruosidade hedionda

À uma jovem besta,

Ptialina onerosíssima e eólica ânsia,

Tens a tênia que sofres mutuamente...

Com a árdega alma da ardentia à mente,

Que a liça violentíssima é uma infância.

Vem-me um ar inocente à asca abundância...

Anela a dor voraz que ela inda sente,

Tu que só choras, inocentemente,

Com o olhar vermiforme e a repugnância.

Quantas vísceras corsas! Quantas ruínas!

Como o sangue é o teu cuspe às pragas finas,

Salivarás pesadamente em bichos.

Assiste ao novo enterro do teu pai,

Até que o sentimento inda se esvai,

Como uma urbe tristíssima dos lixos.

Lucas Munhoz - 24/10/2016

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 25/10/2016
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