O ser poeta!

O ser poeta as vezes pesa tanto!

A sensibilidade vira um fardo!

A inspiração só causa desencanto,

Deixando dentro d’alma um gosto amargo...

A musa, as vezes, vira um saltimbanco!

O coração galopa, retardado,

Em busca de um consolo, um acalanto

Parando, as vezes, sem qualquer resguardo.

Procuro não expor os meus cansaços;

Vivo esfolado dos diversos tombos,

Ferido por centenas de estilhaços...

Vou caminhando sobre esses escombros;

A tristeza da vida nos meus braços,

A miséria do mundo nos meus ombros.

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 27/10/2016
Código do texto: T5804965
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