Decassílabos

Alma minha tão anil que partiste;

Alma ferida de guerra sangrando.

Pelos vales de morte andando...

Em busca desta cruz que seguistes.

Que essa Cruz santa seja a minha luz;

Santa cruz virada em espada.

O Dragão não guie essa caminhada.

Erguido ao madeiro está a Luz;

De um guerreiro pregado a cruz.

Cuja a inocência imaculada.

Não foi esta somada a nada

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Diáfana e pálida rosa

Esta que trago ao peito doido.

Vejo então murchando a prosa.

O Verso despetalado e caído...

Que o poema desça ao mangue

Onde essa gente dá o seu sangue.

E no barro tira o sustento...

Mas vê com dor morto seu intento.

A pena embebida em tormento

Assinar ao final deste sofrimento...