SONETO DO EPITÁFIO

Ela estava quase adormecida
Despertou e quase em desvario
Remeteu-se ao dia da partida
Tentou escrever um epitáfio

Aqui jaz quem carrega saudade
Dos recantos mais simples da vida
De Belém, a encantada cidade
Das pessoas com alma florida

Aqui vai quem deixou seu sorriso
Vai com poesia para a eternidade
Dançaria se fosse preciso

Para conter quem verte saudade
E não teme o dia do juízo
Pois a todos amou de verdade.

Madalena DE Jesus


Abaixo deixo meu epitáfio com uma correção no 10º verso, por conta de um comentário que recebi no meu Epitáfio acima .  O curioso é que só agora - relendo alguns trabalhos - percebi uma sugestão do amigo Poeta Pacco quanto ao verso -  "Vai co'a poesia à eternidade"... Meus sinceros agradecimentos e pedidos de desculpas por não ter feito o devido agradecimento na ocasião!

Sou infinitamente grata mesmo. E até inspirou-me a fazer um segundo epitáfio no presente momento (12/03/2018 às 17:37)


SONETO DO EPITÁFIO

Ela estava quase adormecida
Despertou e quase em desvario
Remeteu-se ao dia da partida
Tentou escrever um epitáfio

Aqui jaz quem carrega saudade
Dos recantos mais simples da vida
De Belém, a encantada cidade
Das pessoas com alma florida

Aqui vai quem deixou seu sorriso
Vai co'a poesia à eternidade
Dançaria se fosse preciso

Para conter quem verte saudade
E não teme o dia do juízo
Pois a todos amou de verdade.

Madalena De Jesus

 

 
SONETO DO EPITÁFIO II

Estou partindo desta p'ra melhor
Ao menos é o dita a minha fé
Não creio que do lado de lá é pior
Se der venho dizer como é que é.

Vou calma pelo que honrei ter dito
Na mala que não pesa levo o peso
O de ter sido tudo que acredito
E ter doado amor de lume aceso.

O melhor que eu deixo é a lembrança
De contribuir p'ra um dia mais bonito
De manter vivacidade de criança.

De cultivar a fé e a esperança
De poetar os meus versos favoritos
Testamento que aqui deixei escrito.

Madalena De Jesus