O Sábio e o Parvo

Não pôr urubus novos em ninhais de garças,

São brancos por algum tempo após nascimento,

Elas têm peixes vivos como alimento,

Aqueles comem mortos de quaisquer desgraças.

São díspares em tudo, pêsame e profalças,

Diferentes são lua e sol no firmamento,

Também são diferentes, perdão e escarmento,

Como são diferentes lisura e trapaças.

Podem até andar na mesma embarcação,

Atraindo de todos a mesma atenção,

Quer pela audição seja, ou seja, pela fala.

O néscio pouco ouve e fala com destempero,

O sábio quando fala o faz com muito esmero,

É atento ao ouvir, prudente quando cala.

Aracaju Sergipe, 22/ 11/ 2016

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 03/12/2016
Reeditado em 03/12/2016
Código do texto: T5842125
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