Pelo pão
Sinto-me fraco e preso na vergonha
de ver tristonha a sina do oprimido,
cujo sentido é o pão que ainda sonha;
triste vergonha de não ter conseguido!
E penso que por não dizer teu nome
não sou tão homem, e nada tenho feito,
ou dado um jeito à fé que me consome;
ou dado à fome um fim de qualquer jeito!
Sei que este mundo em nada se parece
com tua prece ao repartir o pão,
mas sem razão não fiz o que pudesse...
E agora, em prece, eu peço o teu perdão,
porque meu pão amargo hoje me desce
pois que padece em fome o meu irmão!