SATÉLITE

Rogo à Lua, que seus raios vão buscar

meu amor, que partiu sem despedida.

Qual tela pontilhada de Renoir,

há vazios entre o belo nessa vida!

E aqui, sentado aflito a esperar,

garimpo versos que um dia serão mina.

Pra saudar a alegria em a avistar,

despontando distraída na esquina.

Astro meu! Que tornarei a orbitar!

Sem questões, como impõe as leis da Física.

Nos compêndios que insisto em estudar...

Em teus braços, rumo próprio se abdica!

Por enquanto, sigo só em descompasso,

satélite vagando pelo espaço.

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 20/12/2016
Reeditado em 06/11/2019
Código do texto: T5859019
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