Filho de Caim
“Essa vida insossa e tediosa
Insistente entre mortes serpenteia.
Inebriada em enganos devaneia
Agonizante, sobrevive, essa odiosa”
Dominava-me inteiro o pensamento
Essa fala sombria e pavorosa,
Roubava-me todo o ânimo da prosa
E inundava a poesia de tormento.
Sem vontade de sorver tanto desgosto
Busquei em toda coisa que supus pura
Em pensamentos, teorias e culturas
Encontrar onde o sentido estava posto.
Encontrei por fim o doce vívido exposto
Só no tal Cristo ressurreto da Escritura.