O poeta não é um fingidor
O continente emergiu das águas
Deu vida e suspiros de alegria
E, nesse verso, a rima entoada
Fez poeta a dor de cada dia
Vivida labuta atrás das mágoas!
Nela acha-se a vã melancolia
Dá-se por palavras disfarçadas
A verdade que ninguém dizia
Pobres almas incompreendidas!
Deveras são suas investidas
Porque nada sucumbe aos seus prantos!
Mas de sorte que, um dia, abatidas
Estarão as íris coloridas
Pois rios caudalosos são tantos...