EPÍGRAFE MALDITA

Leitor sereno do abjeto bruto

Gênio do mal e animal severo

Joga fora o amor servil e austero

Saltério orgíaco do prazer fruto.

Epígrafe que herdaste da maldita

Do Príncipe das Trevas decano,

Veras lerem-me no sórdido engano

O neurótico escritor da dor desdita.

Mas nos teus olhos irá brilhar

A luz do abismo dos mil horrores

Na tênue exibição dos meus amores.

Espectro intruso que vai espalhar

As buscas do amor e seus pendores

Tem dó deste poeta e seus rancores.

DR PAVLOV

Dr Pavlov
Enviado por Dr Pavlov em 03/08/2007
Reeditado em 10/10/2008
Código do texto: T591171
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