Caída está e o solo a recebeu...
Recebeu choro e o sal de cada mágoa,
De cada dor, de cada vergão seu,
De cada instante louco da gran frágua.
Sua luta firme, fonte suave de água,
De vida, seiva límpida que deu
Ao mundo brilho, um viço, a gota d’água,
Pois vinga e cresce até no enorme breu.
No solo é grão, semente viva e pura
Conserva o olhar bem perto do Criador
Que observa o corpo frágil na clausura.
O grão germina e rompe a terra dura
A dor tornou-o forte, audaz, valente
A morte é vida além dos olhos, é... cura.