ENIGMAS
 
 
Lá fora o vento canta... Fim de noite!...
A aurora se levanta, e novo dia
Desperta com suave melodia
Enquanto na folhagem vê-se o açoite...
 
Minh’alma se recolhe no vazio
Ao ver essa metáfora distante
Da vergasta do vento, sem alívio,
Que dentro do meu peito é constante...
 
É como se a dor, em sintonia,
Em uma enigmática harmonia,
Dançasse com as falenas, em adejo
 
Quisera eu, também, ir em voejo
Em direção ao último desejo
P’ra longe dessa dor que me sitia...
07/03/2017
 
Ângela Faria de Paula Lima

Interação com a poesia de Deley  NADA FEITO
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdetristeza/5933865

Grata pela belíssima interação Fernando Cunha Lima


VERGASTAS DO VENTO

O vento me bateu como vergasta,
Procela ou extenso vendaval,
Varreu as folhas deste meu quintal,
Como se fosse rede de arrasta.

Cansado de sofrer na face gasta,
Um sofrimento mais do que normal,
Peço ao vento que seja natural,
Senão a minha face se desgasta.

O vento em ciclone bate e gira,
Por sobre a minha face se atira,
Se transformando assim em tempestade.

Vento verdade, vago viandeiro,
Persegue o meu sonhar por derradeiro,
Para atirar em mim suas verdades.

Fernando cunha lima – 190-03-17.