A Tempestade

És a tempestade que povoa meus dias,

a brasa ardente em noites muitos frias,

a vida, no último suspiro da morte,

a palavra que é meu martírio e sorte.

És o sangue contaminando minha veia,

doença mortal - contra qual não se guerreia.

És bênção e pecado, sonho-pesadelo,

a carta de condenação com áureo selo.

Deverias ser, amor meu, minha mansidão

- mas meu erro é que nunca soube te amar,

e tua dor é a chaga no meu coração.

Quantas vidas, meu Deus, terás que me conceder

para que o meu amor possa se libertar

e, livre e puro, consiga me transcender?

Thaís Soledade
Enviado por Thaís Soledade em 13/03/2017
Código do texto: T5939413
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.