A perda de um pai

De viver, as saudades são o preço

Que tenho simplesmente de pagar,

Dos bons momentos que vivi no lar

Das lembranças paternas que padeço.

Não sei se bons momentos já mereço,

Mas sei que assim os tive de abraçar,

Num lamento a flutuar no azul do mar

E a recordar o pai que nunca esqueço!

A tua ausência física me ataca,

Como se fosse uma cravada estaca

No coração de dor insuportável.

A vida pode ser assim tão dura,

Mas por ti, o meu peito de ternura

Mantém-se eternamente inalterável.

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 20/03/2017
Reeditado em 20/03/2017
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