Sem título

Não sei para onde vou, de onde vim,

Não tenho casa própria, lugar fixo.

Para quê, se a estrada vem a mim?

Não parar nunca é o meu supremo ofício.

A estrada que sigo é longa, sem fim,

Meu caminhar solitário é prolixo,

Faz-se toda hora dentro de mim,

À medida em que passo, em que prossigo.

À eterna história do homem quem responde?

Dilema metafísico vibrando

No ar, enigma que sempre se esconde.

Mas o que importa é seguir procurando,

Pois a vida é esse indefinível “quando”,

Um não sei como nem por quê nem onde...

Vagner Rossi
Enviado por Vagner Rossi em 23/03/2017
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