SONETO DIFERENTE
Pois, quero parir a um soneto
Sangrado do amor adjacente
Que seja preciso e reluzente
E vire insígnia no meu projeto
Terá que vir do sol poente
De verso livre e irrequieto
Num abstrato tão concreto
Que me agrade totalmente
Em cada tom, infinito teto
De textura tão irreverente
Que jamais torne obsoleto
E, de tão querer o diferente
A mesmice se torna decreto
O soneto, de redizer, repleto
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Março de 2017 - Cerrado goiano