Poema da solidão


Eu estou só, e tanto, e tão sozinho,
que ouço, o mais calado pensamento,
como fosse um desejo ou um intento,
de cultivar a flor no colarinho.

Eu estou só no meio do caminho,
que une o desencontro e a saudade,
onde o momento abraça a eternidade
e conta os seus segredos comezinhos.

Ah! Solidão! Poema à deriva...
na imensidão do mar, qual água-viva
a desmanchar nas brumas da memória.

Deixa-me só, te peço, um pouco mais,
talvez assim eu possa ser capaz
de versejar o fim da minha história.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 25/04/2017
Código do texto: T5980922
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