Tola fé

Bezerro cambaleia após nascer,

Buscando equilíbrio ao seco chão,

No berço em aridez morre ao sertão

Duro, além do que possa parecer.

Na flor tênue que teima florescer

Última cor que foge na amplidão

Do cinza em tudo, nada mais, senão

Ilusão floral antes de morrer

Toda planta semente cultivada,

Bichos, seres viventes em mortança

Sonhos negados na água negada

Dos céus nada vem, não existe nada

A mão teima à semente, tola lança

Ao solo, aos céus fé, teima esperança

Renan Ivanildo
Enviado por Renan Ivanildo em 30/04/2017
Reeditado em 09/05/2017
Código do texto: T5985836
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