CHUVA

Chuva incessante não me apressa.
Há o silêncio da minha alma, que se faz presente.
Espera...inviabiliza, escorre pelas mãos.
Nada sinto...me molha depressa.

Chuva regressa, esmorece meus dias.
Deixo de escrever, esse frio parece sem fim!
Adormeço, esqueço...
Tira a paz que a tanto eu mereço.

Chuva intensa, constante em mim.
Trágica, visceral...Como pode não ter dó de mim!
Te faço confidente, em um longo espaço se perde assim.

Chuva austera...Qual seu porém?
Ficaste aqui tanto tempo, que mesmo em lamento, fez mal a mim!
Chuva vai embora, sem demora, para que eu possa ir também.




 
Eli Bernardo
Enviado por Eli Bernardo em 05/05/2017
Código do texto: T5990004
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