Se acaso...

Se acaso no apogeu do meu querer

Sentires dele inteiro grande orgulho

Não será fingimento ou desquerer

Decerto esse delírio em que mergulho

Trate-se frenesi de não se abster

Que o mundo acabaria em grande embrulho

Quando o caos se instalasse no prazer

Sem distinguir de nós qualquer arrulho

Que teus beijos refletem-se, destilam

Multiplicando o imenso dos lampejos

Pois sei que em teus segredos se apostilam

O elixir desse mimo benfazejo

E envoltas em venturas que desfilam

As quentes majestades do cortejo

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 17/05/2017
Código do texto: T6001943
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