Soneto do mal

Findarás os vergéis em que ainda sofres,

Entre os risos iníquos, sem que enleves...

Ruínas, ossos, caixões, zumbis e cofres

De um lodo absconso aos teus horrores breves?!

Quando o ódio suavizar em ti, quem sentes?...

Sei deveras, ao mal eterno... Que amas;

Eu, um vate das Trevas co´os vis poentes

Enquanto hei de cantá-lo assim, sem dramas.

Que continues a rir co´a voz maligna,

Que o mundo pútrido da morbidez!

Se quiseres cavar a morte digna

Quem ainda irás enlear a cruz da tez.

Depois de maldizer que é um puro mal

É o nosso coração que é tão brutal!

Lucas Munhoz - (30/05/2017)

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 30/05/2017
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