"Ama-te", ordena-me o senso vigente,

"Ama-te", ordena-me o senso vigente,

"Ama-te apenas por ser ser vivente",

Mas como posso amar-me a mim mesmo

Se tanto a mim quanto ao mundo me devo?

Não creio; vejo, o homem é pobre

Desde que nasce até quando ele morre.

Não penso; sei, o valor que me existe

É o do amor que a mim dão e resiste.

Amo-me apenas o que sou amado,

Mais nada a mais: eu só amo quem amo,

E quem eu amo é quem vive ao meu lado.

Não me digas ideal tão insano

Sobre se amar sem amor, ser amado;

Só sendo amado é que sano me chamo!

31/5/2017

1/6/2017

Malveira Cruz
Enviado por Malveira Cruz em 03/06/2017
Reeditado em 19/01/2018
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