Cadeiras na calçada
 
Ah, que saudade dos tempos felizes,
tempos de paz e de simplicidade,
do meu jardim de todos os matizes,
das frutas colhidas no pé, que saudade!
 
Cadeiras na calçada no fim do dia,
e a vizinhança alegre se reunia,
num bate papo descontraído,
admirando o poente colorido!
 
O cheiro da chuva na terra molhada,
pés descalços brincando com a criançada,
e um cochilo ao pé da jabuticabeira...
 
Ah, tempo feliz que jamais esqueço,
se pudesse voltar eu reconheço,
queria ser criança a vida inteira!
 
 
‘Oh, que saudades que tenho,
da aurora da minha vida,
da minha infância querida
que os anos não trazem mais...’
    (Casimiro de Abreu)
Esther Ribeiro Gomes
Enviado por Esther Ribeiro Gomes em 09/06/2017
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