Vida e dignidade

Em vida dignigade, eis que efêmera é a mocidade

O perdão da sociedade ao juvenil, a condenação à senilidade

Os prantos adultos, os festejos astutos da juventude

Aqueles cabelos tingidos de branco pelo que o tempo alude como penalidade

A vida busacada em rebusco pelo mancebo sadil de moral

O pobre senil, em canto sentado, agora extenuado ao juízo final

E no funeral, o efebo acompanha sem que se abata: verdadeira muralha

O silêncio fúnebre que o moço arrebata em contuso desatino

Ao ultimado toque do sino: "foi-se um canalha!!!".

Quão triste o destino...

Marcos Jacó
Enviado por Marcos Jacó em 20/06/2017
Código do texto: T6032088
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