À HORA DEVIDA

Esses sóis todos dispersos

à manhã inconsistente

entre nuvens surgem imersos

e se vão rapidamente.

Como faróis desgastados

nos mais remotos lugares

para o sem-fim apontados

entrevendo novos mares.

No entanto, a manhã perdida

jamais se desacelera,

prepara uma nova espera

a sua hora devida,

conquanto prossiga a vida

que tudo mais se recupera.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 23/06/2017
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