Soneto de amor II

Oh, amor! Preciso sentir-te ainda

Uma vez mais. Visita-me à noite,

Que as horas são meu bárbaro açoite!

E me ponho a chorar, quando fui linda...

Pareço ser apagada, sozinha...

Ah, como já ri e cantei meus anos,

Mocinha que não pensava em enganos,

Em que a lua na rua era minha...

E eu ficava a namorar, feliz...

Até contar estrelas muito fiz...

Mas um céu escuro agora vem, ah!

A rua está sem jardim celeste

E minha vida tão vaga, agreste,

Ninguém a vê para o amor despertar!

Teresa Cristina flordecaju
Enviado por Teresa Cristina flordecaju em 05/07/2017
Código do texto: T6046726
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