AMOR

Amor , a que devo espera e alimento,

Amor que cantado sempre se esquiva,

Amor, que no tempo se deve à sua vida,

Amor,que parte é dor e outra é momento.

A morte ronda os pares amorosos,

Com foice e cerca a lograr o tempo,

Algoz indiferente ao passo lento,

Transformando o gosto em desgostos.

Por saber que da glória o tempo é vento,

Por viver da vida dias entrepostos,

Por receber da tarde ar sedento,

Transformarei os tempos bem dispostos

Em prazer, puro agrado ao sentimento,

E à solidão dou desconcertos opostos.

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 07/07/2017
Reeditado em 19/06/2020
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