PURGATÓRIO
(17) PURGATÓRIO
Era feliz contigo, um amor ardente,
Desfiz meu mundo, refiz tua vida,
Hoje... Vivo na clausura do labor. Descontente!
Planejamos juntos e realizamos separados, foi tua esta saída.
O Amor (o teu) chegou e logo teve fim.
Está juntos nunca ficou tão distante... Minha querida! Não assim!
Preciso viver, faltam-me forças... O que podes fazer por mim?
Minh’alma no purgatório sofre as mazelas da solidão.
Angustiada... Desprezada... Como não doer? A dor de um Não?
Luz dos meus Olhos... Já não a vejo reluzente,
Entrelaçarás teus dedos em dedos que não são meus, mas vá... Sejas feliz.
O sol brilhará a cada manhã, eu sei, trará a energia que preciso então,
O tempo um severo juiz a julgar-me, Levantarei sorridente,
Amo-te além do tempo que ainda irá chegar... Aquele que nunca quis!
Adécio Lima 09/07/2016