ÁGUAS DO MEU PRANTO

Brincavas num jardim tão inquieta,

Regando rosas com teus lábios finos;

E, ao te ver, como se ouvisse hinos,

Meu coração quis brincar de poeta.

Fiz versos aos teus lábios coralinos;

Falei de amor de forma tão direta,

Que a tua tez tão alva e discreta,

Abrasou-se com tantos desatinos...

E hoje, ao te buscar por entre as flores

Do tal jardim que tinha tantas cores

E ora já não tem o mesmo encanto,

Vejo que ainda restaram umas rosas,

Que, mesmo sem teus beijos, são viçosas,

Regadas pelas as águas do meu pranto...

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 09/07/2017
Código do texto: T6049902
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