Canção do meu amor III

Vem, segura em minha cintura, "cavalga

o dorso do vento comigo", cabelos e crinas

esvoaçantes... viajantes serpentinas,

livre é o amor, tal as asas desse vento.

Ventania. É o sentimento, o arreio. Galga

veloz, em disparada, o coração, a ânsia

pela estrada, o céu, tua boca, a estância

desejada... o mel... da viagem, o intento.

O vento é amigo, não pede passagem.

Traga somente o amor como bagagem

e a tiracolo, o sonho de ser feliz...

Vem, amor, que essa vida, é breve viagem,

é preciso ouvir o que o vento nos diz.

E eu digo, és o amor que eu sempre quis.