A MORTE
(24) A MORTE
A vida é frágil como um cristal, Que o diga a morte,
O que somos hoje, talvez não sejamos amanhã,
O corpo é vulnerável mais a mente é forte,
Sofrimento no leito último... A dor como vilã.
Os vermes farão banquete no corpo que um dia foi teu,
Cristais quebrados tal qual coração gelado,
A morte chega pra alguns... Mesmo vivo, embora seja eu,
Criaturas sombrias rondam o que fora deixado.
Descanso da alma em madeira fria,
Olhos em pranto... Acenos de partida
Herança perpétua, carne jazia,
Fostes assim: motivo de um cortejo...
Lágrimas de alegria na catedral vazia.
Olhos meus que nunca mais te vejo.
Adécio Lima 29/04/2016