A Tarde
Deitado, numa tarde cavernosa
Suntuoso me invade entre os dedos
A fútil, essência dos meus medos
Numa frigida alegria pomposa.
Eu lembro, o que sempre esqueço
Da agoniosa felicidade tredo
Que eu, sentira mais cedo
Quando a vida eu tinha apresso.
Longas viagens nos meus esmos
Hoje sou triste, igual os mesmos
Poetas que eram meus ancestrais.
E a Noite, invadindo o meu peito
Me ludibria do seu elegante jeito:
Enchendo-me de ilusões astrais.