Sombras do passado

Cada vez que te encontro pelas ruas

e tu passas por mim, indiferente,

tens medo de me ver as faces nuas

e olhar bem nos meus olhos, frente a frente!

Cada vez que eu percebo serem tuas

as sombras que de mim são inerentes,

também percebes sombras... E as cultuas;

as sombras do passado em teu presente!

Não sei por quais caminhos tens seguido

nem sei como despertas nas auroras

após teres, na sombra, adormecido...

Mas sei da tua vida... Eu sei, há horas

em que, por do futuro teres rido,

nas sombras do passado hoje tu choras!

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 18/10/2005
Código do texto: T60724