Sombras do passado
Cada vez que te encontro pelas ruas
e tu passas por mim, indiferente,
tens medo de me ver as faces nuas
e olhar bem nos meus olhos, frente a frente!
Cada vez que eu percebo serem tuas
as sombras que de mim são inerentes,
também percebes sombras... E as cultuas;
as sombras do passado em teu presente!
Não sei por quais caminhos tens seguido
nem sei como despertas nas auroras
após teres, na sombra, adormecido...
Mas sei da tua vida... Eu sei, há horas
em que, por do futuro teres rido,
nas sombras do passado hoje tu choras!