O Espelho

O Espelho

Quão ingrato és tu, pobre refletor,

Ingrato e pior, és também injusto,

Vês minha face e me expõe o magro busto,

Para recrudescer muito minha dor.

Cada dia, de uma ruga és delator,

Como se eu não tivesse um porte augusto,

Para ti sou apenas um vetusto

Metido a besta, feio e palrador.

Só que tua verdade é negligente,

Caolho, não retrata bem a gente,

Da verdade passaste por exerdo...

Tanta gente também nós entristece,

Desvirtuando tudo o que acontece,

A confundir direito por esquerdo.

Nossa Senhora do Socorro – Sergipe

18 / 08/2017

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 19/08/2017
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