...E CONTIGO EU MORRI NESSE DIA * O sonho que morreu...

Bailava nos teus lábios de medronho

a dádiva da lenda que tu eras!

Sem condições, rendi-me à vida-sonho

de todas as sonhadas primaveras…

No verde-mar-assombro dos teus olhos

cruzei os mares todos da utopia…

Domei correntes, contornei escolhos,

cheguei ao mais além da fantasia…

No ninho dos teus braços virginais,

fui lenha, na lareira, a crepitar,

num sacrifício de alma… e tudo ardeu!

Depois, rumaste aos longes siderais…

Sem ti… sem mim… e lúgubre a pairar,

ficou a dor do sonho que morreu.

José-Augusto de Carvalho

Alentejo, 29 de Agosto de 2017.

José Augusto de Carvalho
Enviado por José Augusto de Carvalho em 29/08/2017
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