ARMADILHAS DUM SONETO - ( Com Ledalge)
Meu soneto é a espontaneidade indiscreta,
É o vício mor das palavras sem tato,
Que conduzem meu corpo sobre as trilhas secretas,
E consagram o amor em forte laço...
O meu quer te envolver - te seduzir
E abusar da tua indiscrição
Os dois em um se entregando então
Unindo nosso amor até porvir...
Não há limites pra saudade,
Fera que morde a razão,
Teu corpo vem, em armadilha...
Abraço-te! Tu cedes o teu beijo
Mesmo fazendo manha, digo não
Não fuja meu amor da nossa trilha...
Neste soneto o 1º quarteto e o 1º terceto são de Ledalge e os subseqüentes de Gonçalves Reis.