Soneto de vingança
Eu, outrora já fui a luz, hoje eu sou abismo
Pule em mim, já ciente que está correndo risco
Em amores fúteis, sai ferido, hoje não me arrisco
O que me compõe é solidão e egoísmo.
Tentei brandir, e salvar, no ato: heroísmo.
O que era meu tudo, mas foi tirado de mim
Hoje o que me resta no finito, é a espera pelo o fim
E nos limites do infinito, o fanatismo.
Injustiçado e empunhando a lança que injustiça
Lanço o grito, brando e nobre, que se assemelha justiça
Das palavras escritas no livro, de atos corretos.
E não carrego culpa aqui na terra
E eu não arrisco a lutar, dentro de mim, essa guerra
Mas não durmo de olhos fechados, algo os mantem abertos.