MANHÃS

Vaguei por horas aflitas na noite insone
puindo alma em passagem silenciosa,
no corpo roto-morto, a solidão consome
sugando da tez, toda energia viçosa!
 
 
Acordei com uma esperança não prescrita
na nudez do olhar disperso, sempre cansado...
Lá fora a vida aflora, dança e grita
aqui, amor em tempo cativo do passado.
 
No fluxo-refluxo dos meus inquietos afãs
aportam soluços-sentimentos na saudade
apartando auroras polidas de amanhãs.
 
 
Enfim, no refúgio do beijo das noites sãs,
trago o gosto salgado da realidade
nas castas mentiras sinceras, das suas manhãs!
 
 
06/08/2007


Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 16/08/2007
Reeditado em 20/10/2009
Código do texto: T610509