Açoite e Morte.
Tantos sonhos perdidos e desfigurados
Dentro de tantos caixões malogrados
Sempre eternos estes lúdicos que rumaram
Na efêmera utopia de um parco viver.
Miudezas, travesseiros, poltronas e smartphones
Saborosos beijos embaixo dos lençóis...
Não passaram de proveito de mentiras vãs
Que se erigiram dos desmandos malsãos.
E escravos, gatos, ratos, portugueses e ladrões
São sempre enterrados aos borbotões.
Em valas fundas ou rasas, em gavetas, ou no mar
Ela virá, ela chega, ela retorna, ela ceifa
Ela não deixa nunca de visitar o Homem
Não falha, não dorme, não pensa: Apenas mata.
VALÉRIA Valéria Guerra