Açoite e Morte.

Tantos sonhos perdidos e desfigurados

Dentro de tantos caixões malogrados

Sempre eternos estes lúdicos que rumaram

Na efêmera utopia de um parco viver.

Miudezas, travesseiros, poltronas e smartphones

Saborosos beijos embaixo dos lençóis...

Não passaram de proveito de mentiras vãs

Que se erigiram dos desmandos malsãos.

E escravos, gatos, ratos, portugueses e ladrões

São sempre enterrados aos borbotões.

Em valas fundas ou rasas, em gavetas, ou no mar

Ela virá, ela chega, ela retorna, ela ceifa

Ela não deixa nunca de visitar o Homem

Não falha, não dorme, não pensa: Apenas mata.

VALÉRIA Valéria Guerra

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 19/09/2017
Código do texto: T6118593
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