COISA DA PELE
O que sinto por ti não é coisa da pele
Mas, é superior, vai muito além, transcende
Por isso, não demore, menos se acautele
Escuta, sente ainda e vê se compreende
O que sinto por ti, vem domina e me impele
Toca minh’alma livre depois, se distende
Toma conta do ser e não há o que o debele
Desnuda a alma com toque que ao corpo acende
E a volúpia insana que então me atropele
Tome conta de meu ser, no corpo cinzele
Teu gosto, mais teu cheiro e tudo que pretende
O que sinto por ti não é coisa da pele
Embora, também seja, pois me reacende
Em só pensar que vou te amar, chega e me rende!