A BONDADE DISPERSIVA.
Quão insensatos os momentos que deságuam
Numa freqüência pouco alusiva sempre irreal,
Vem camuflando a uma bondade dispersiva,
Que ainda galopa sob o comando do fatal.
Eu ando em mim mas nunca me reconheço,
São tantos becos escassos de lamparinas,
Penso em meu fim, mas ainda é recomeço,
Das maldições nos fazendo tal arremesso.
Possui o Sol a luz que rega a nossa vida,
E também entorpece e mata a fina pele,
E alguns venenos estão nas margaridas.
Em um aroma pode haver varias essências,
Uma pedra bruta também merece ser polida,
Cabe aos culpados, pedidos de clemência.
PUBLICADO NO FACE EM 28/09/2012