Poemiso-me

Sou um pouco de tudo que conheço e absorvo

Absorto, presto contas, poemiso-me

No alto de mim, no cume, observo tudo, como um corvo

Pareço lento, introspectivo... fora escuro, dentro lume

Placas proibitivas: não corra, não pise..., não fume

Tento acalmar tempestades, estorvos

Dividir o mar ao meio, mudar certos costumes

São traços e caminhos que aos poucos removo

“Não ame até...!” Limítrofe

Mas pergunto: até quanto? até quando?

Quantos versos deveriam haver nessas estrofes?

Poemiso-me, sou bandido, sou um bando

Furto-me, Foragido, incoercível, anástrofe

Pra não morrer, vivo poemisando

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 04/10/2017
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