Tenda

Meu coração é tenda debruada

De paixões, fincadas entre os cactos

No deserto, ainda assim sofro os impactos

Das lembranças que chegam de enxurrada.

Impossível manter a tenda armada,

Neste redemoinho de coactos

Fantasmas, que refazem atros pactos,

Perturbando minha alma perturbada.

Destino, carma, sina! Quão tormento!

Espectros tangidos pelo vento.

Destruindo-me a paz, o tédio cresce...

Em quantas fortes liças fiquei preso,

“Quanto mais rezei e ainda rezo,

Mais assombração me aparece.”

Aracaju - Sergipe, 03/ 10/ 2017

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 04/10/2017
Reeditado em 10/03/2020
Código do texto: T6132689
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