SER POETA

Um dia... eureca! Vou ser poeta!

Sucumbir perante o amor inventado...

Tombar qual numa curva, em plena reta!

Por minhas verdades ser aclamado.

Rimar amor e dor já estou cansado!

Melhor “por que amá-lo?” e “Frida Kahlo”.

Mas nas questões de amor, não sou letrado.

Por arte mexicana, nem me abalo...

Cabe ao poeta mais árduo ofício.

Lambuzar-se da vida como um vício

e trôpego traduzir a emoção.

Mas será poeta inda em construção,

se não chorar luto, que não lhe afeta

e sentir em si a dor, que em ti aperta.

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 05/10/2017
Reeditado em 06/11/2019
Código do texto: T6133575
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