QUATRO ESTAÇÕES

Choro pelos castelos demolidos.

Jardins esmaecidos, já sem flores.

Folhinha na parede, vil cupido,

anuncia o outono dos amores.

O inverno que se segue é rigoroso,

o frio da ausência estala os ossos.

A dúvida por ti irrompe o gozo...

É tempo de se amar entre destroços!

Caminho, tendo os poros por janelas

ao vento, que me invade perfumado.

-Primavera! Urram pelos eriçados.

Um fio de esperança se revela!

Assim, avançam dias... vão-se traumas...

Promessas de verão me aquecem a alma!

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 14/10/2017
Reeditado em 09/10/2019
Código do texto: T6142147
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