Soneto 121

Eu rastejo no chão e morte exalo

meu mundo de ilusão logo concebo

(como todos, em vida, logo cedo)

eu fruo em fantasia e sou raso.

Todavia meu mundo absurdo eu varo

rotina de silêncio e meu medo

afogar-me n'angústias que recebo

destruidor caminho é maduro e claro.

E se o esperançoso é do mundo um porco

serei errante, nele um boêmio torto

crerei em dias doces como o mel...

E me libertar não saberei como

assim felicidade plena eu tomo

e santo um dia eu não serei no céu

04-11-2017

Leandro José Ferreira
Enviado por Leandro José Ferreira em 06/11/2017
Reeditado em 06/11/2017
Código do texto: T6164234
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