A mão da Esperança

As retinas se acostumaram com a paisagem

E se cansaram, então, da constante monotonia

Cerraram-se, pois, querendo encerrar a viagem

Para a qual nenhum sentido mais havia.

Estático, e na escuridão barulhenta da estrada

Agucei os demais sentidos para o mundo

Perceber ao meu redor, e foi numa encruzilhada

Que me encontrei perdido num espaço rotundo.

Aos poucos, a Luz às Trevas foi vencendo

E as retinas acordaram para o novo que nascia

Viram uma mão que acenava e da Luz se erguia

Chamando-me para evitar que eu fosse me perdendo

Naqueles muitos caminhos rumo à perdição

Era a Esperança, incansável, a renovar-me o coração.

Cícero – 14-11-17

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 20/11/2017
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