A mão da Esperança
As retinas se acostumaram com a paisagem
E se cansaram, então, da constante monotonia
Cerraram-se, pois, querendo encerrar a viagem
Para a qual nenhum sentido mais havia.
Estático, e na escuridão barulhenta da estrada
Agucei os demais sentidos para o mundo
Perceber ao meu redor, e foi numa encruzilhada
Que me encontrei perdido num espaço rotundo.
Aos poucos, a Luz às Trevas foi vencendo
E as retinas acordaram para o novo que nascia
Viram uma mão que acenava e da Luz se erguia
Chamando-me para evitar que eu fosse me perdendo
Naqueles muitos caminhos rumo à perdição
Era a Esperança, incansável, a renovar-me o coração.
Cícero – 14-11-17