A M O R I N S E N S A T O
Da falsa esperança nada restou
Como o abalo sísmico mais intenso
Foi dilacerado do meu peito o nosso amor
Tão incerto quanto o vento
Entre todos, eis-me aqui
Inanimado receptáculo de melancolia
Não contente com teu desprezo
Persigo-te em busca da alegria
Falsa alegria, encontro apenas dor
O teu desdém me destruiu
Outrora colorido, agora sem cor
Com tua ojeriza me habituei
Agora penso em meu epitáfio
"Eis aqui a sobrevivente de um amor insensato".